Análise: Nightfall In Middle-Earth (Blind Guardian)

Como nossa segunda análise de álbuns em 2012 e para estrear a nova seção, escolhemos um album diferente. Muitos gostam, muitos nao gostam. Escolhemos Nightfall In Middle-Earth, do Blind Guardian, puro Power Metal. Esse álbum é conceitual, e conta a história de "O Silmarillion", livro de J.R.R. Tolkien (mesmo autor de O Senhor Dos Anéis), e a história se passa em um mundo fictício, a Terra-média. 

O álbum possui 22 faixas, porém 11 destas faixas, são apenas interlúdios para melhor entendimento da história, e para fazer o álbum soar mais real, ou seja, essas faixas, não são músicas propriamente ditas, essas faixas são:

War Of Wrath
Lammoth
The Minstrel
Captured
Face The Truth
Battle Of Sudden Flame
The Dark Elf
Nom The Wise
Out On The Water
The Steadfast
Final Chapter (Thus Ends...)

E aqui comentaremos e teremos como base para avaliação apenas as outras 11 faixas, as músicas.

Into The Storm = após a introdução do álbum, "Nightfall In Middle-Earth" se inicia verdadeiramente, e logo com uma das músicas mais pesadas do álbum, com um riff potente e refrao marcante. Já nessa faixa é possível perceber 2 características que marcariam todo o cd, bumbo duplo na bateria (coisa que não é muito comum no Power Metal), e as marcantes guitarras dobradas.

Nightfall = Entrando em contraste com Into The Storm, essa música deixa a velocidade de lado e coloca em prática a beleza característica das músicas do Blind Guardian, destaque para as belíssimas sobreposições de vocais. É a música mais famosa do cd e um hino da banda.

The Curse Of Feanor = A música que dá um ar mais sombrio ao álbum, é marcada pela voz perfeita de Hansi Kursch. É um música bem ao estilo dos antigos álbuns da banda, e tem características instrumentais muito bem trabalhadas. Apesar disso, é uma música que está um nível abaixo das demais, e não tem seu lugar de destaque em um álbum como o "Nightfall In Middle-Earth".

Blood Tears = Com uma belíssima introdução, Blood Tears dá continuidade à atmosfera sombria, e apresenta uma linha de bateria impressionante, que em conjunto com a voz de Hansi, traz à tona um ar de epicismo. A base das guitarras se mostra abafada pelo baixo durante a música, mas isso é compensado pelos belíssimos solos dobrados.

Mirror Mirror = Para muitos a melhor música do álbum, Mirror Mirror deixa o ar sombrio de lado, e se mostra uma música belíssima, com um riff marcante, grandes sobreposições de vocais, linhas belíssimas de guitarras dobradas durante toda a música (o que dá a impressão de que a musica toda é um solo de guitarras.). Destaque também para o refrão da música, ao melhor estilo Blind Guardian.

Noldor (Dead Winter Reigns) = Essa música retoma o ar sombrio do cd, e apresenta um andamento lento, e ao mesmo tempo, os vocais de Hansi estao violentos, o que dá a impressao de uma "falsa calma", ou de uma "calma raivosa", essa música é uma das poucas músicas do Blind Guardian, aonde o baixo chama atenção, sendo um dos grandes destaques da música. E o refrao da música em forma de coral, arrepia até a alma do ouvinte.

Time Stands Still (At The Iron Hill) = Música rápida, com um andamento pesado de bateria, e guitarras dobradas durante toda a música, assim como em Mirror Mirror. Uma excelente música, com sobreposições do vocal de Hansi durante toda a música, e não só durante o refrão, como é mais comum.

Thorn = Música calma, o vocal de Hansi está mais bonita e rasgada do que nunca, o baixo ganha destaque novamente, as guitarras são dobradas apenas em alguns momentos da faixa, o que dá um tom mais melodioso à música, assim como Nightfall, essa música prima pela beleza, e não pela velocidade.

The Eldar = Essa música divide opiniões, por ser uma música totalmente acústica, algumas pessoas acreditam que ela seja uma música fraca e sem graça. Porém outros a classificam como a música mais bela do álbum, aonde a voz impecável de Hansi Kursch, em conjunto com o piano, fazem com que a música tire um pouco da tensão do álbum. Apesar de tudo, é impossível negar a beleza dessa música, mas é impossível negam também, que ela é a música mais fraca de todo o álbum.

When Sorrow Sang = A música mais pesada do álbum, e uma das melhores, e ela traz uma novidade, dessa vez o baixo também é dobrado em conjunto com as guitarras, o resultado disso, é um peso que não é comum às músicas de Power Metal, mas a música não deixa a melodia totalmente de lado, o que pode ser comprovado pelos belos solos, e pelos corais de vozes.

A Dark Passage = O álbum termina do mesmo modo que começou, com um riff potente e um refrão marcante, a música que finaliza o álbum é extremamente bela, e apresenta voez sobrepostas durante praticamente toda a sua duração. Apesar de ser uma boa música, é quase sempre esquecida em um álbum com tantas músicas excelentes.

Nightfall In Middle-Earth é sem dúvida nenhuma, um disco que deve estar na coleção de todos aqueles que apreciam o Metal, o álbum é técnico, rápido, belíssimo, e pesado (para os padrões do Power Metal.), e é o melhor trabalho da melhor banda de Power Metal que existe no mundo.

Nesse trabalho, o Blind Guardian explora à fundo tudo que já havia sido testado no Power Metal, e eleva o seu nível. Nightfall In Middle-Earth é um disco que muitos tentam copiar, mas ninguém consegue reproduzir, pois apresenta todos os seus elementos cadenciados de forma precisa, além é claro, de apresentar a banda em seu auge.

Nightfall In Middle-Earth criou um padrão para o Power Metal, e tornou elementos como Guitarras dobradas, sobreposições de vocais, e bumbos duplos, uma marca registrada do Blind Guardian. Se você é fã de Power Metal, não espere nada para baixar ou comprar asua cópia desse disco, que é o mais puro Power Metal em seu nível de excelência.

Nota Final : 8,6