9 de abr. de 2012

Análise: Stalingrad (Accept)

O décimo terceiro álbum de estúdio do Accept, que recebeu o nome de Stalingrad, foi lançado no dia 6 de Abril, e é o segundo álbum da banda com o novo vocalista Mark Tornillo, que substituiu o lendário Udo Dirkschneider.

Confesso que fui ouvir o álbum com uma certa desconfiança, devido aos lançamentos recentes do mundo do Metal. Confesso também que tive uma surpresa enorme ao ouvir o álbum, e que surpresa agradável! Mas enfim, vamos à análise.



Hung, Drawn And Quartered = O disco não poderia ter um início melhor, o Riff inicial traz um ar de epicismo que o álbum e a batalha que o nomeia merecem. A música é excepcional, e conta com um belíssimo trabalho instrumental e vocal. A música cumpre bem o seu papel de introdução, e deixa o ouvinte com um gosto de "quero mais".

Stalingrad = A música contém um feeling impressionante, sem deixar a técnica de lado. A bateria pesada em conjunto com os lindos Riffs de guitarra deixam a música ainda mais bela que a primeira. O baixo se destaca em meio às guitarras e ajuda a dar peso à música. E um detalhe que passa despercebido pela maioria, a partir de 4 minutos e meio da música, você ouve um trecho do hino soviético.

Hellfire = Udo Dirkschneider é sem dúvida um vocalista lendário, mas o Accept consegue fazer música de qualidade sem ele, e não existe prova maior disso do que "Hellfire". Uma típica música em que os fãs mais assíduos de Accept até imaginam Udo cantando. Mas Mark Tornillo cumpre bem o seu papel em uma música quase perfeita, que tem tudo para se tornar um dos hinos da banda dentro de alguns anos.

Flash To Bang Time = Com um ritmo acelerado e pontes sensacionais, essa música lembra os primeiros álbuns da banda, que eram voltados para o Speed Metal. Mas não pense que a música se encaixa mal no tema do álbum, pelo contrário, os mais distraídos podem nem mesmo perceber a mudança brusca de velocidade.

Shadow Soldiers = Após o Speed Metal, vem uma música lenta. Essa música pode desagradar alguns, mas é uma música belíssima, que possui uma base instrumental emocionante. Aqueles que não entendem o conceito do álbum muito provavelmente acharão que essa música está fora de lugar, mas se você tem em mente que este é um álbum conceitual, provavelmente entenderá que ela é necessária para o andamento do cd.

Revolution = Não é preciso ser um gênio para perceber a proposta do álbum. Músicas rápidas, com Riffs poderosos e um clima épico. E é exatamente isso que é essa música, a introdução da música lembra o finalzinho de "Metal Militia", e nos lembra que o álbum está aí para contar uma história, e não apenas para nos fazer banguear.

Against The World = "Against The World" contém uma linha magnífica de baixo, que pode passar despercebida a ouvidos menos atentos, e isso se deve a mais um Riff imponente e a um solo cheio de feeling. A bateria mantém o ritmo rápido e pesado que tinha no início do álbum.

Twist Of Fate = Lenta e calma, essa música não tem o mesmo brilho das anteriores, e não é tão chamativa. Mas ela ajuda na digestão do álbum, tornando-o algo mais fácil de ser ouvido por inteiro. Ainda assim, a música não é tão diferente das anteriores, pois nos apresenta outro Riff pesado e dois solos belíssimos.

The Quick And The Dead = O número de Riffs fodas existentes nesse álbum já surpreendem, mas mesmo assim, sempre há lugar para mais um! Temos um solo de baixo em meio ao incrível solo de guitarra da música.

The Galley = Para fechar um álbum incrível, uma música incrível. A introdução calma, o baixo bem coordenado, a bateria pulsante e o vocal rasgado, tudo isso torna essa música excelente. Mas ela não é o principal destaque desse álbum, é apenas seu acabamento.


Stalingrad é um disco sensacional, imponente, recheado com Riffs sensacionais e Solos mais incríveis ainda. Mark mostra que não deve absolutamente nada à Udo, e apresenta vocais perfeitos. Os coros nos refrões (coisa típica do Accept) estão ainda mais coordenados. Para fechar, a base da música, composta pelo baixo e pela bateria, possuem um ritmo extremamente contagiante.

Se o álbum tem um valor sonoro indiscutível, o valor lírico é ainda maior. Com letras lindas, e bem coordenadas, a banda consegue contar a história da mais importante de todas as batalhas da segunda grande guerra. E não só o faz, como o faz bem feito, sempre passando o clima épico digno de uma grande batalha.

Mas afinal de contas, o que temos à nossa frente? O melhor disco do ano? Favorito antecipado. O melhor disco do século XXI? Não seria um absurdo dizer que sim. Um clássico do Accept? Não! Muito mais do que isso, um clássico do Heavy Metal.

Se você é Headbanger e ainda não ouviu Stalingrad, não perca o seu tempo, pois estamos diante de um daqueles álbuns que traz o Metal de volta à vida. O disco é bem trabalhado, e exige mais de uma audição para ser completamente digerido, mas não restam dúvidas de que Stalingrad resistirá ao longo dos anos, como um verdadeiro clássico sempre faz.

Nota Final = 9,1

3 comentários:

  1. Ótima análise. Esse é o melhor álbum dos últimos anos, pra mim é do mesmo nível que Metal Heart e Balls To The Wall...

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    1. Vlws cara! Na minha opinião, o álbum é melhor que o Metal Heart, e empata em qualidade com o Balls To The Wall....flws...abss

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  2. Shadow Soldiers é uma das melhores músicas do disco e do Accept também, deu pra entender muito bem e sentir o seu valor na obra. Twist of Fate não tem o mesmo brilho?

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