7 de mai. de 2012

Análise: Discipline Of Hate (Korzus)

Para a análise de hoje, temos o sexto álbum de estúdio do Korzus, uma banda brasileira de Thrash Metal formada em 1983. O "Discipline Of Hate" foi lançado em 2010, e conta com Marcello Pompeu nos vocais, Antônio Araújo e Heros Trench como dupla de guitarristas, Rodrigo Oliveira na bateria e Dick Siebert no baixo.


Discipline Of Hate = Após a intro com clima apocalíptico, o álbum tem seu início verdadeiro com um Riff pesadíssimo. A primeira música do disco já nos dá uma ideia do que vai ser esse álbum, o mais puro thrash, com percussão violenta e uma base constante e suja.

Truth = A música mais famosa do álbum, com um ritmo mais lento, mas não menos pesado. Os Riffs e pontes técnicas fazem um contraste interessante com o solo veloz e cortante. Os vocais aqui ficam mais limpos do que na primeira faixa, e talvez por isso essa música seja mais pegajosa.

2012 = Mais uma música muito pesada, com Riffs potentes e uma pegada muito forte na bateria e no baixo. Porém não tem nada de novo para adicionar ao álbum, a não ser a sua introdução ao melhor estilo Sepultura.

Raise Your Soul = Talvez a melhor música do disco. Os Riffs não tão criativos quanto nas outras faixas são compensados pela base, que é muito constante no baixo, e extremamente veloz na bateria. O refrão da música gruda facilmente na cabeça, e é impossível não cantar junto.

My Enemy = A bateria sincronizada com as guitarras tornam o Riff inicial dessa música ainda mais pesado, criando uma espécie de base sólida sem o uso do baixo, deixando esse livre para que Dick use um pouco da sua criatividade também.

Revolution = Essa música repete a fórmula da anterior, e sincroniza a bateria com a guitarra, deixando o baixo mais solto. Ela também tem um solo excelente, que abusa da velocidade para fazer um interlúdio entre os berros de Marcello Pompeu

Never Die = Com um ritmo um pouco mais calmo do que os anteriores, essa música é ótima, e conta com excelente Riffs e com uma percussão inspirada. É impossível não lembrar de "Creepind Death" ao ouvir o coro gritando "Die!". O solo dessa música é o melhor de todo o álbum, e tem taps alucinantes e velozes.

Slavery = Se a música anterior era um pouco mais calma, essa é bem mais acelerada. Com uma pegada Hardcore na bateria, e com curtos e velozes solos, essa canção tem algumas mudanças de ritmo, mas nada que comprometa o andamente acelerado.

Last Memories = Uma pausa para a respiração...volta a pancadaria. Apesar de boa, essa música não adiciona nenhuma novidade nesse disco, ela é apenas mais do mesmo (o que não é uma coisa ruim). Destaque para  o baixo, que cria uma bela atmosfera de fundo.

Under His Command = Pela primeira vez nesse álbum, a introdução de uma música não é um Riff ultra-pesado e potente. Mas não se preocupe, logo após a introdução, os Riffs ultra-pesados e potentes virão.

You Reap What You Sow = Apesar de ser a mais lenta do álbum, ela é pesada, e segue o ritmo constante apresentado nesse disco, com uma base sólida. Os backing vocals dessa música são sensacionais, e dão ao ouvinte uma sensação de caos, como deve ser em um bom Thrash Metal.

Hell = Trazendo de volta a velocidade ao álbum, "Hell" é uma excelente música, e apresenta alguns dos melhores riffs do álbum. A percussão está mais uma vez muito boa, e a base do baixo é sólida. Uma das melhores do disco.

Hipocrisia = Para fechar o álbum, uma música cantada em português. "Hipocrisia" fecha o disco como ele começou, com um Riff pesadíssimo, e uma melodia de puro Thrash Metal. A letra cantada em português pode causar espanto naqueles mais desavisados, mas para quem já está acostumado com a fórmula do Korzus, é só aproveitar a ótima música.


"Discipline Of Hate" é provavelmente o melhor disco da carreira do Korzus, que por sua vez, é uma das grandes bandas do cenário do Metal nacional. O álbum tem uma proposta bem definida, que é fazer puro Thrash Metal com qualidade, e isso quer dizer, o mais pesado, sujo e rápido o possível. Com essa proposta definida, é importante saber que o "Discipline" tem um público-alvo MUITO bem definido.

Tendo isso em mente, o álbum cumpre muito bem a sua proposta, e agrada praticamente todos os fãs de Thrash existentes por aí, sendo quase uma unanimidade. Apesar disso, o disco não é "genial", é, em grande parte, simples e seco.

Se você é fã de um bom Thrash Metal, e acha que quanto mais cru o disco é, melhor, corra e compre a sua cópia do "Discipline", pois ele é um clássico do Thrash nacional. Agora, se o Thrash Metal não é sua praia, esqueça esse disco, pois ele não está aí para agradar Gregos e Troianos, ele está aí para agradar os fãs do estilo.

Nota Final = 8

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