20 de jun. de 2012

Análise: Opus Eponymous (Ghost)

Hoje, faremos a análise de um dos maiores discos desse século. A banda Ghost foi fundada em 2008, em Estocolmo na Suécia. A banda utiliza de elementos teatrais para fazer apresentações aterrorizantes e assustadores, porém magníficas. O sexteto e formado por Papa Emeritus I (vocal), Nameless Ghoul e Nameless Ghoul (Guitarras), Nameless Ghoul (Baixo), Nameless Ghoul (Bateria) e Nameless Ghoul (Teclado). Não, isso não é brincadeira, o fato é que ninguém sabe quem são os integrantes do Ghost. O debut da banda saiu em 2010 e responde pelo nome de Opus Eponymous.

Deus Culpa = A introdução do álbum é um órgão sendo tocado de maneira calma, e serve para colocar o ouvinte no clima de culto, já que é pra isso que estamos aqui. E ela cumpre bem o seu papel.

Con Clavi Con Dio = O baixo logo no início desse música é de arrepiar. Aqui se percebe claramente a proposta do disco, que se apresenta com Riffs bem "retrôs", um vocal tranquilo e limpo e letras simplesmente perturbadoras. O clima de culto não se perde (nem aqui, nem em lugar nenhum do cd), e isso só torna as músicas ainda mais perturbadoras.

Ritual = Se as duas primeiras faixas servem para acostumar o ouvinte com a sonoridade da banda, aqui começamos a nos apaixonar com o disco. O refrão dessa música é simplesmente sensacional, e o teclado colocado nos momentos certos é garantia de arrepios.

Elizabeth = A falta de criatividade da bateria nessa faixa é compensada pela magnífica linha de baixo. Para muitos, essa música tem a letra mais bem escrita do álbum, o que é um grande elogio, já que todas as letras são boas. "Elizabeth" já se tornou um clássico moderno, e é uma verdadeira viagem no tempo.

Stand By Him = Os Riffs e o solo aqui apresentados não ganham muito destaque, pois ficam um pouco presos em meio ao vocal sensacional, à linha de baixo, e ao teclado (nos refrões). Refrão esse que é apaixonante, e que deve ficar simplesmente inacreditável quando tocado ao vivo.

Satan Prayer = Provavelmente a melhor canção do disco. "Satan Prayer" é uma música totalmente perturbadora, mas ao mesmo tempo extremamente acessível. Sabe a quanto tempo não víamos isso? Bem, eu nunca tinha visto antes. A música mescla o terror de sua letra com a beleza das composições, de modo que é impossível terminar de ouvi-la sem ficar com o refrão passando em sua cabeça.

Death Knell = Encontre um Headbanger que não conheça Ghost, faça ele ouvir os primeiros 21 segundos dessa música, ele falará que essa música é do Black Sabbath, duvida? Faça o teste. A semelhança é absurda! (no bom sentido obviamente) Mais uma vez o Ghoul responsável pela bateria estava sem criatividade, mas o seu irmão baixista o ajudou.

Prime Mover = A viagem pelos anos 70 não poderia ser completa sem alguns elementos psicodélicos, e os suecos sabiam disso. Com um Riff belíssimo, e com uma linha de baixo totalmente empolgante, essa faixa se desenvolve de uma maneira totalmente diferente das outras, sendo a música mais pesada do álbum, mas sem ser menos perturbadora ou apaixonante.

Genesis = Para finalizar o álbum, o início de tudo. Essa maravilhosa música instrumental é apenas uma pontinha da grandiosidade que esse álbum apresenta. Apesar de não contar com os maravilhosos vocais da Vossa Santidade, essa faixa é sem dúvidas, uma das melhores de todo o disco. Nela, é possível encontrar influências de tudo existente na década de 70, e ao final do disco, todo Headbanger estará se perguntando: "Mas já? Passou tão rápido."

O álbum é excepcional, agradando tanto os Headbangers mais tradicionais, quanto os Headbangers mais extremos (e talvez agrade até mesmo quem não é Headbanger...). O disco consegue ser ao mesmo tempo belo e repugnante, uma combinação que não é muito comum de se ver.

Opus Eponymous é uma verdadeira viagem no tempo que te leva de volta aos anos 70, e te faz lembrar que o Rock And Roll ainda está longe de morrer. Não recomendamos uma audição desse disco para ninguém, estamos recomendando logo umas 3 ou 4, pois a cada audição realizada, esse disco fica melhor. Enfim, se você é daqueles que acham que o verdadeiro Metal já se perdeu, nos faça um favor, cale a boca e ouça esse disco. Depois conversamos.

Nota Final = 9,5

Um comentário:

  1. Análise resumida: Em estúdio Uma ruma de incompetente que tentam fazer sucesso escondendo as identidades.
    Ao vivo: A mesma coisa e com um som lixo!

    ResponderExcluir