2 de mai. de 2012

Sepultura

Hoje falaremos da banda que mais bem representa o Metal brasileiro, falaremos do Sepultura. É a banda brasileira que tem a maior repercussão mundial. Criada em 1984 pelos irmãos Max e Igor Cavalera em Belo Horizonte a banda conta, em toda sua história, com 12 álbuns de estúdio, 2 álbuns ao vivo, 4 compilações e 5 EP's.


Grande fã de Motörhead, Max Cavalera escolheu esse nome para a banda após traduzir uma música da banda. A primeira formação do Sepultura tinha, além de Max na guitarra e Igor na bateria, Paulo Jr. no baixo e Wagner Lamounier nos vocais e na guitarra. Essa formação passou por várias modificações antes que a banda começasse a aparecer nacionalmente e internacionalmente e era, inicialmente, dita como uma banda de Death Metal.

Após essas várias mudanças e o lançamento de um "Split LP" (Bestial Devastation com Overdose), a banda lança, finalmente, em 1986, o álbum Morbid Visions. É um álbum de Death Metal com certo caráter satânico, apesar de muito fraco, é indispensável para os fãs da banda, que o consideram como uma introdução modesta, que não demonstra o que a banda viria a ser futuramente.

Após o lançamento desse album, o Sepultura se modifica novamente e, nesta formação: Max Cavalera (vocais e guitarra), Igor Cavalera (bateria), Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Jr (baixo), que a banda alcança o sucesso e lança seus álbuns clássicos. O primeiro album dessa formação é "Schizophrenia", em 1987. É um álbum mais concentrado no Thrash Metal, diferentemente de seu anterior e é bem mehor produzido.


O terceiro álbum do Sepultura é o "Beneath the Remains", em 1989, é um álbum constante, onde o Sepultura começou a construir seu estilo dentro do Thrash Metal, mais técnico rápido e pesado com letras críticas e políticas, foi o estilo que marcou a banda em sua trajetória até o sucesso. O álbum contem várias músicas exepcionais da banda, com destaque para "Inner Self". O álbum chegou a ser comparado por alguns com "Reign In Blood" do Slayer. Após o lançamento do "Beneath The Remains" a banda saiu, pela primeira vez, em turnê fora do Brasil acompanhando a banda Sodom em vários shows fora na europa e nos EUA.

Após despertar a atenção de vários países e críticos, o Sepultura lançou "Arise", em 1991, que recebeu críticas positivas e é considerado pelos fãs o melhor álbum da banda. Para promover o álbum, a banda fez uma turnê que teve mais de 200 shows e que acarretou no primeiro disco de ouro do grupo. Após a turnê, foram totalizadas mais de 1.000.000 de cópias vendidas em todo o mundo, era um marco na história da banda.

 

Os próximos dois álbuns que sucederam o tão glorioso "Arise", serviram para consolidar o sucesso conquistado pelo Sepultura. O primeiro "Chaos A.D." revelou um Sepultura um pouco diferente ritmicamente falando, com influências culturais brasileiras e um som mais groove, porém o álbum é considerado um dos melhores da banda contendo músicas marcante, como a épica "Refuse/Resist" e a instrumental "Kaiowas", homenagem a tribo brasileira de mesmo nome.

"Roots" veio logo após "Chaos A.D." é também um álbum exepcional, ficou marcado por realmente misturar o Thrash Metal com músicas tipicamente brasileiras como no anterior, mas nesse, era mais evidente. Seu aspecto diferente dos álbuns antigos não agradou muito a alguns fãs mais antigos. O álbum é uma referencia para algumas bandas de nu metal e contém a música mais conhecida da banda "Roots Bloody Roots".

Após o grande sucesso que o Sepultura veio carregando de "Arise" até "Roots", a banda passou por turbulências internamente até que em dezembro de 1996, uma notícia abalou o rumo da banda, Max Cavalera saíra do Sepultura. Ocorreram várias discussões entre os integrantes da banda até que eles decidem demitir a empresária e esposa de Max, Glória Cavalera por não apresentar a banda de uma forma em que todos os indivíduos do grupo aparecessem, era dado um foco a Max. Com a demissão de Glória, Max se sentiu traído e abandonou o grupo, que se viu em uma situação nada agradável, na qual o futuro estava indefinido.


A banda teve que se adaptar à um novo som, já que tinham agora apenas um guitarrista. Andreas Kisser até que tentou cantar, mas após um experiência não muito agradável, a banda saiu em busca de um novo vocalista. Um longo processo de seleção teve então início, e ao fim desse processo, Derrick Green era o novo vocalista do Sepultura.


Já com o novo vocalista, o Sepultura lançou o "Against", um álbum que apresenta uma sonoridade muito parecida com o seu antecessor. O disco traz músicas com influências tribais, com pequenas referências à música brasileira e contou com diversas participações especiais. Mas apesar de muito parecido com "Roots", o "Against" não alcançou o mesmo sucesso comercial e crítico.

Em 2001, é lançado o "Nation", um álbum que obteve maior sucesso na crítica especializada do que o "Against", mas que mesmo assim fica longe de mostrar um Sepultura com a mesma qualidade de tempos anteriores. O disco é normalmente esquecido pelos fãs, já que não acrescenta absolutamente nada de novo na carreira da banda. O álbum seguinte, "Roorback" deixa as influências tribais totalmente de lado, e apresenta um Sepultura um pouco mais limpo(se é que isso é possível). Sendo bastante criticado pela mídia e pelos fãs, o disco fecha a pior fase do Sepultura, que começou com "Against".


Em 2006 é lançado o "Dante XXI", o primeiro álbum conceitual do Sepultura. O disco fala sobre a Divina Comédia, livro de Dante Alighieri. Considerado pela grande maioria dos fãs como o melhor álbum da nova fase da banda, o álbum foi muito elogiado por ser um disco quente, com graves fortes, que soa quase como uma banda ao vivo, e por misturar as mais diversas sonoridades que a banda teve, chegando a passar de Death à Thrash entre uma faixa e outra.

Apesar de ter gravado o álbum em estúdio, Igor Cavalera quis sair da banda, e não participou da turnê de divulgação do disco. A saída de Igor da banda foi traumatizante para os fãs que ainda tinham esperanças do retorno de Max, agora a banda nao tinha nenhum dos seus 2 principais membros originais. Igor, que é considerado por muitos um dos melhores bateristas do Brasil e do Mundo, iria mais tarde se juntar novamente com seu irmão, mas dessa vez, fora do Sepultura, formando o Cavalera Conspiracy (mas isso é um assunto pra outro dia).


Mas a banda não se abalou com a saída do baterista, e contratou logo Jean Dolabella para ocupar o cargo. O primeiro disco sem Igor, foi mais um álbum conceitual, que recebeu o nome de "A-Lex", e é baseado no livro "Larânja Mecânica". O disco traz de volta as influências da música nacional nas composições da banda, e foi bem aceito pelos fãs. O ponto mais criticado é claro, foi a percussão, pois apesar de Jean ter feito um grande trabalho com as baquetas, Igor Cavalera era e ainda é, insubstituível.

Em 2011, a banda lançou o seu décimo segundo álbum de estúdio, o Kairos. O disco foi bem recebido pela crítica e pelos fãs, e mostra que o Sepultura não precisa dos irmãos Cavalera para produzir um grande disco. Após alguns shows da banda para divulgação do disco, o baterista Jean Dollabella deixou a banda, e para seu lugar, foi contratado Eloy Casagrande, um garoto de apenas 20 anos, notável por seu trabalho com André Matos. Atualmente a banda está em turnê, e nos resta esperar e torcer por mais um grande álbum dessa maravilhosa banda nacional.


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